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"Riqueza, prestígio, tudo isso pode ser perdido. A felicidade em seu coração pode ser diminuída, mas sempre estará lá, enquanto você viver, para torná-lo feliz de novo." Anne Frank

segunda-feira, 30 de abril de 2012

CUPIDO & PSIQUE

Hoje vamos de Mitologia Grega.
Desde que li, tive vontade de compartilhar com mais alguém...
A bela história de amor que nos ensina:
"[...]O amor não pode conviver com a desconfiança.

- Cupido e Psique <3 

 Certos rei e rainha tinham três filhas. A formosura das duas mais velhas era fora do comum, mas a beleza da mais moça era tão maravilhosa que não existem palavras para expressá-la como merece. A fama de tal beleza foi tão grande que estrangeiros de países vizinhos iam, em multidões, admirá-la, assombrados, rendendo à jovem homenagens que só se devem à própria Vênus. Na verdade, Vênus viu os seus altares desertos, enquanto os homens voltavam sua devoção à jovem virgem. Quando esta passava, as pessoas entoavam-lhe loas e semeavam seu caminho de coroas e flores.

O desvirtuamento de uma homenagem devida apenas aos poderes imortais, para exaltação de uma simples mortal, ofendeu profundamente a Vênus. Sacudindo com indignação a linda cabeleira, ela exclamou:
- Terei, então, de ser eclipsada em minhas honras por uma jovem mortal? Em vão aquele pastor real, cujo julgamento foi aprovado pelo próprio Jove, concedeu-me a palma da beleza sobre minhas ilustres rivais, Palas e Juno. Ela não poderá, contudo, usurpar minhas honras tranquilamente. Dar-lhe-ei motivo para se arrepender dessa beleza injustificada.
Chama, então, seu filho alado Cupido, bastante ardiloso por sua própria natureza, e o exalta e provoca-o ainda mais por seus cumprimentos. Mostra-lhe Psique e diz:
- Castiga, meu filho, aquela audaciosa beleza; assegura à tua mãe uma vingança tão doce quanto foram amargas as injúrias recebidas. Infunde no peito daquela altiva donzela uma paixão por algum ser baixo, indigno, de sorte que ela possa colher uma mortificação tão grande quanto o júbilo e o triunfo de agora.
Cupido preparou-se para obedecer às ordens maternas. Há duas fontes no jardim de Vênus, uma de água doce, outra de água amarga. Cupido encheu dois vasos de âmbar, cada um com água de uma das fontes, e, suspendendo-os, no alto de sua aljava, dirigiu-se ao quarto de Psique, que encontrou dormindo. Derramou, então, algumas gotas de água da fonte amarga sobre os lábios da jovem, embora ao vê-la quase fosse tomado de piedade; depois, tocou-a de lado com a ponta de sua seta. Ao contrário, Psique acordou e abriu os olhos diante de Cupido (ele próprio invisível), que, perturbado, feriu-se com sua própria seta. Descuidando-se do ferimento, o único pensamento do deus consistia em desfazer o mal que fizera, e derramou as balsâmicas gotas de alegria sobre os sedosos cabelos da jovem.
Psique, daí em diante desdenhada por Vênus, não tirou vantagem de todos os seus encantos. É bem certo que todos os olhos a contemplavam com admiração e todas as bocas a exaltavam; mas nenhum rei, príncipe ou plebeu apresentava-se para pedi-la em casamento. Suas duas irmãs mais velhas, muito menos belas, de há muito se haviam casado com dois príncipes herdeiros, enquanto Psique, em seus aposentos, deplorava a solidão, irritada com uma beleza que, embora trazendo uma prodigalidade de louvores, não conseguira despertar amor.
Seus pais, receosos de que, inadvertidamente, tivessem incorrido na ira dos deuses, consultaram o oráculo de Apolo, que respondeu:
- A virgem não se destina a ser esposa de um amante mortal. Seu futuro marido a espera no alto da montanha. É um monstro a quem nem os deuses nem os homens podem resistir.
Essa terrível predição do oráculo encheu a todos de desânimo, e os pais da jovem entregaram-se ao desespero. Psique, porém, disse:
- Por que me lamentais, queridos pais? Devereis antes ter sofrido quando todos me cumulavam de honras indevidas e a uma voz me chamavam de Vênus. Percebo agora que sou vítima daquele nome. Resigno-me. Levai-me àquele rochedo a que me destinou meu desventurado destino.
E, assim, tendo sido preparadas todas as coisas, a donzela real tomou seu lugar no cortejo, que mais parecia um funeral que um casamento, e com seus pais, entre as lamentações do povo, subiu à montanha, no alto da qual deixaram-na só, voltando para casa, com os corações afogados de tristeza.
Enquanto Psique estava de pé no alto da montanha, tremendo de medo e com os olhos rasos de lágrimas, o gentil Zéfiro a levantou acima da terra e a conduziu suavemente até um vale florido. Pouco a pouco, a jovem acalmou-se e estendeu-se na relva, para dormir. Ao despertar, refeita pelo sono, olhou em torno e viu, bem perto, um lindo bosque de árvores altas e majestosas. Entrou no bosque e, no meio dele, encontrou uma fonte de águas puras e cristalinas, e, mais adiante, um magnífico palácio, cuja augusta fachada dava a impressão de que não se tratava de obras de mortais, mas da venturosa morada de algum deus. Tomada de espanto e admiração, a moça aproximou-se do palácio e aventurou-se a entrar. Cada objeto que viu a encheu de assombro. Colunas de ouro sustentavam o teto abobadado e as paredes eram ornadas de baixos-relevos e pinturas de animais selvagens e cenas rurais, representados de modo a deleitar os olhos do espectador. Continuando a avançar, Psique percebeu que, além dos aposentos majestosos, havia outros repletos de tesouros e de todos os mais belos produtos da natureza e da arte.
Enquanto admirava, uma voz se fez ouvir, embora a jovem não visse quem quer que fosse, dizendo estas palavras:
Soberana dama, tudo que vês é teu. Nós, cujas vozes ouves, somos teus servos e obedeceremos às tuas ordens com a maior atenção e diligência. Retira-te, pois, para teu quarto e repousa em teu leito e, quando tiveres descansado, poderás banhar-te. A ceia te espera no aposento adjacente, quando te aprouver ali te assentares.
Psique atendeu às recomendações dos servos invisíveis; depois de repousar e banhar-se, sentou-se no aposento contíguo, onde imediatamente surgiu uma mesa, sem qualquer servidor visível, com os pratos e vinhos mais deliciosos. Também seus ouvidos foram deleitados com com música tocada por executantes invisíveis; um dos quais cantava, outro, tocava alaúde, enquanto os demais completavam a maravilhosa harmonia de um coro perfeito.
Psique ainda não vira o marido que lhe estava destinado. Ele vinha apenas nas horas de escuridão e partia antes do amanhecer, mas suas expansões eram repletas de amor e inspirou nela uma paixão semelhante. Muitas vezes ela implorava ao amante que ficasse e a deixasse olhá-lo, mas ele não consentia. Ao contrário, recomendou-lhe que não fizesse qualquer tentativa para vê-lo, pois ele tinha bons motivos para se esconder.
- Por que queres me ver? - perguntava. - Podes duvidar de meu amor? Tens algum desejo que não foi satisfeito? Se me visses, talvez fosses temer-me, talvez adorar-me, mas a única coisa que peço é que me ames. Prefiro que me ames como igual a que me adores como deus.
Estes argumentos de certo modo aquietaram Psique, durante algum tempo, e, enquanto tudo foi novidade, ela se sentiu feliz. Finalmente, porém, a lembrança de seus pais, que ignoravam seu destino, e das irmãs, impedidas de compartilhar com ela as delícias de sua situação, dominou-lhe o espírito, e ela começou a considerar o palácio apenas como uma esplêndida prisão. Quando o marido apareceu certa noite, ela lhe contou seus sofrimentos e acabou, embora a custo, obtendo seu consentimento para que suas irmãs pudessem ir vê-la.
Assim, chamando Zéfiro, ela lhe transmitiu as ordens do marido e ele, obedecendo prontamente, trouxe as irmãs de Psique, através da montanha, para o vale onde ficava o seu palácio. Elas a abraçaram e a jovem retribuiu-lhes as carícias.
- Vinde - disse Psique. - Entrai em minha casa e disponde do que vossa irmã tem para vos oferecer.
Então, tomando-as pelas mãos, levou-as a seu palácio de ouro e entregou-as aos cuidados dos criados invisíveis, a fim de que se banhassem, fossem servidas à mesa e admirassem o numerosos tesouros. A vista daqueles dons celestiais fez com que a inveja penetrasse no coração das duas, vendo que sua irmã mais moça possuía tais riquezas e esplendores, muito superiores aos seus.
Fizeram a Psique inúmeras perguntas, entre outras, que espécie de pessoa era seu marido. Psique respondeu que era um belo jovem, que geralmente passava o dia caçando nas montanhas. As irmãs, não satisfeitas com essa resposta, fizeram-na confessar que nunca o vira. Trataram, então, de encher o coração da jovem de sombrias desconfianças.
- Lembra-te - disseram - que o oráculo pitiano anunciou que tu te casarias com um monstro horrível e tremendo. Os habitantes deste vale dizem que teu marido é uma terrível e monstruosa serpente, que te nutre, por enquanto, com alimentos deliciosos a fim de devorar-te depois. Ouve nosso conselho. Mune-te de uma lâmpada e de uma faca afiada; esconde-as de maneira que teu marido não possa achá-las, e, quando ele estiver dormindo profundamente, sai do leito, traze a lâmpada e vê, com teus próprios olhos, se o que dizem é verdade ou não. Se é, não hesites em cortar a cabeça do monstro e recuperares tua liberdade.
Psique resistiu a esses conselhos tanto quanto pôde, mas eles não deixaram de impressioná-la, e, depois que suas irmãs se retiraram, o efeito de suas palavras e a própria curiosidade da jovem tornaram-se bastante fortes para que ela pudesse resistir. Assim, preparou a lâmpada e uma faca afiada e escondeu-as do marido. Quando ele adormeceu, Psique levantou-se sem fazer ruído e, trazendo a lâmpada, divisou não um monstro horripilante, mas o mais belo e encantador dos deuses, com madeixas louras caindo sobre o pescoço cor de neve e as faces róseas, um par de asas nos ombros, mais brancas que a neve, de penas brilhantes como as flores da primavera. Ao abaixar a lâmpada para ver o rosto do marido mais de perto, uma gota de óleo ardente caiu no ombro do deus, que, assustado, abriu os olhos e encarou Psique. Depois, sem dizer uma palavra, abriu as brancas asas e voou através da janela. Psique, na vã tentativa de segui-lo, caiu da janela ao solo. Cupido, vendo-a estendida no chão, parou o vôo por um instante e disse:
- Tola Psique, é assim que retribuis meu amor? Depois de haver desobedecido às ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar-me a cabeça? Vai. Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo, além do de deixar-te para sempre. O amor não pode conviver com a desconfiança.
Assim dizendo, ele continuou seu vôo, deixando a pobre Psique estendida no chão e lamentando-se tristemente.
Quando se recompôs um pouco, olhou em torno, mas o palácio e os jardins haviam desaparecido, e ela se viu num campo aberto a pequena distância da cidade onde moravam suas irmãs. Procurou-as e contou-lhes toda a história do seu infortúnio, com o que as desprezíveis criaturas, fingindo pesar, na verdade se regozijavam.
- Agora, talvez ele escolha uma de nós - disseram.
Levadas por essa ideia, e sem dizer uma palavra sobre suas intenções, cada uma delas levantou-se cedo na manhã seguinte, dirigiu-se ao alto da montanha e convocou Zéfiro, para recebê-la e levá-la a seu senhor. Depois, atirou-se no ar e, não sendo sustentada por Zéfiro, caiu no precipício e se despedaçou.
Enquanto isto, Psique caminhava noite e dia, sem repouso nem alimentação, à procura do marido. Tendo avistado uma imponente montanha, em cujo cume havia um templo magnífico, disse consigo mesma, suspirando:
- Talvez meu amor, meu senhor, habite ali.
E, assim dizendo, dirigiu-se ao templo.
Mal entrara, viu montões de trigo, quer em espigas, quer em feixes, misturados com espigas de cevada. Espalhados em torno, havia foices e ancinhos e todos os demais instrumentos da ceifa, em desordem, como que atirados descuidadamente pelas mãos de ceifadores cansados, nas horas escaldantes do dia.
A piedosa Psique pôs fim àquela confusão indizível, separando e colocando cada coisa em seu lugar devido, convencida de que não deveria negligenciar o culto de nenhum deus, mas, ao contrário, procurar, com sua diligência, cultuá-los todos. A santa Ceres, de quem era aquele templo, vendo a jovem tão piedosamente ocupada, assim lhe falou:
- Ó Psique, em verdade digna de nossa piedade, embora eu não possa proteger-te contra a má vontade de Vênus, posso ensinar-te o melhor meio de evitar desagradá-la. Vai e voluntariamente rende-te à tua deusa e soberana e trata de conseguir-lhe o perdão pela modéstia e submissão, e talvez ela te restitua o marido que perdeste.
Psique obedeceu à ordem de Ceres e dirigiu-se ao templo de Vênus, tentando fortalecer o espírito e repetindo, em voz baixa, o que iria dizer e como tentaria apaziguar a divindade irritada, compreendendo que o caso era difícil e talvez fatal.
Vênus recebeu-a com a ira estampada na fisionomia.
- Tu, a mais ingrata e infiel das servas, lembraste, afinal, que tens realmente uma senhora? - exclamou. Ou talvez vieste para ver teu marido enfermo, ainda guardando o leito em consequência da ferida que lhe causou a amada esposa? És tão pouco favorecida e tão desagradável que o único meio pelo qual podes merecer teu amante é a prova de indústria e diligência. Farei uma experiência de tua capacidade como dona-de-casa.
Ordenou, então, a Psique que fosse ao celeiro de seu templo, onde havia grande quantidade de trigo, aveia, milhete, ervilhaças, feijões e lentilhas preparados para a alimentação dos pombos sagrados, e disse:
- Separa todos estes cereais, colocando cada um de acordo com sua qualidade, e trata de fazer isso antes do anoitecer.
Depois Vênus partiu, deixando a jovem.
Psique, porém, quedou consternada diante da imensidade do trabalho, estúpida e calada, sem mover um dedo.
Enquanto estava ali, desesperada, Cupido incitou a formiguinha, nativa dos campos, a ter pena dela. A chefe do formigueiro e toda a multidão de suas súditas de seis pernas aproximaram-se do montão de cereais e com a maior diligência, tomando grão por grão, separaram o montão, formando um monte de cada qualidade e, quando tudo terminou, desapareceram num momento.
Ao aproximar-se do crepúsculo, Vênus voltou do banquete dos deuses, recendendo a perfumes e coroada de rosas. Vendo a tarefa executada, exclamou:
- Isto não é obra tua, desgraçada, mas daquele que conquistaste para seu infortúnio e para o teu.
Assim dizendo, deu à jovem um pedaço de pão preto para a ceia e partiu.
Na manhã seguinte, Vênus mandou chamar Psique e disse-lhe:
- Olha para aquele bosque que se estende à margem do rio. Ali encontrarás carneiros pastando sem um pastor, cobertos de lã brilhante como ouro. Vai buscar-me uma amostra daquela lã preciosa colhida de cada um dos velocinos.
Docilmente, Psique dirigiu-se à margem do rio, disposta a fazer o que estivesse ao seu alcance para executar a ordem. O rio-deus, porém, inspirou aos juncos harmoniosos murmúrios, que pareciam dizer:
- Oh! Donzela duramente experimentada, não desafies a corrente perigosa, nem te aventures entre os formidáveis carneiros da outra margem, pois, enquanto eles estiverem sob a influência do sol nascente, são dominados por uma raiva cruel de destruir os mortais, com seus chifres aguçados ou seus rudes dentes. Quando, porém, o sol do meio-dia tiver levado o rebanho para a sombra e o espírito sereno do rio o tiver acalentado para descansar, podes atravessar entre ele sem perigo e encontrarás a lã de ouro nas moitas de arbustos e nos troncos das árvores.
Assim o bondoso rio-deus ensinou à Psique o que deveria fazer para executar sua tarefa e, seguindo suas instruções, ela em breve voltou para junto de Vênus, com os braços cheios de lã de ouro. Não foi, contudo, recebida com benevolência por sua implacável senhora, que disse:
- Sei muito bem que não foi por teu próprio esforço que foste bem-sucedida nessa tarefa e ainda não estou convencida de que tenhas capacidade para executares sozinha uma tarefa útil. Toma esta caixa, vai às sombras infernais e entregue-a a Prosérpina, dizendo: "Minha senhora Vênus quer que lhe mandes um pouco de tua beleza, pois, tratando de seu filho enfermo, ela perdeu alguma da sua própria." Não demores a executar o encargo, pois preciso disso para aparecer na reunião dos deuses e deusas esta noite.
Psique ficou certa de que sua perda era, agora, inevitável, obrigada a ir com seus próprios pés diretamente ao Érebo. Assim, para não adiar o inevitável, dirigiu-se ao alto de uma elevada torre, para de lá se precipitar, de maneira a tornar mais curta a descida para as sombras. Uma voz vinda da torre, disse-lhe, porém:
- Por que, desventurada jovem, pretendes pôr fim aos teus dias de modo tão horrível? E que covardia faz desanimar diante deste último perigo quem tão milagrosamente venceu todos os outros?
Em seguida, a voz lhe disse como, através de certa gruta, poderia alcançar o reino de Plutão e como evitar os perigos do caminho, passar por Cérbero, o cão de três cabeças, e convencer Caronte, o barqueiro, a transportá-la para a travessia do negro rio e trazê-la de volta.
- Quando Prosérpina te der a caixa com sua beleza - acrescentou, porém, a voz - tem cuidado, acima de todas as coisas, para de modo algum abrires a caixa e não permitir que tua curiosidade olhe o tesouro de beleza das deusas.
Animada por estas palavras, Psique seguiu todas as recomendações e chegou sã e salva ao reino de Plutão. Foi admitida no palácio de Prosérpina e sem aceitar o delicioso banquete que lhe foi oferecido, contentando-se com pão seco para alimentar-se, transmitiu o recado de Vênus. A caixa lhe foi devolvida sem demora, fechada e repleta de coisas preciosas. Psique voltou, então, pelo mesmo caminho e bem feliz se sentiu quando viu de novo a luz do dia.
Depois, porém, de vencer tantos perigos, foi dominada por intenso desejo de examinar o conteúdo da caixa.
- Como? - exclamou. - Eu, transportando a beleza divina, não aproveitaria uma parte mínima dela para pôr em minhas faces e parecer mais bela aos olhos de meu amado marido?
Assim dizendo, abriu cuidadosamente a caixa, mas nada ali encontrou de beleza e sim o infernal e verdadeiro sono estígio, que, libertando-se da prisão, tomou posse dela e fê-la cair no meio do caminho, como um cadáver sem senso de movimento.
Cupido, porém, já restabelecido de seu ferimento, e já não suportando a ausência de sua amada Psique, passando pela greta da janela de seu quarto, que fora deixada aberta, voou até o lugar onde estava a jovem e retirando o sono de seu corpo, fechou-o de novo na caixa e acordou Psique, com o ligeiro contato de uma de suas setas.
- Mais uma vez - exclamou - quase morreste, devido à mesma curiosidade. Mas agora executa exatamente a tarefa que lhe foi imposta por minha mãe, e cuidarei do resto.
Então, Cupido, rápido como o relâmpago, penetrando através das alturas no céu, apresentou-se diante de Júpiter, com sua súplica. Júpiter ouviu-o com benevolência e advogou com tanto empenho a causa dos amantes que conseguiu a concordância de Vênus. Mandou, então, Mercúrio levar Psique à assembleia celestial e, quando ela chegou, entregou-lhe uma taça de ambrosia, dizendo:
- Bebe isto, Psique, e sê imortal. Cupido não romperá jamais o laço que atou, mas essas núpcias serão perpétuas.
Assim, Psique ficou, finalmente, unida a Cupido e, mais tarde, tiveram uma filha, cujo nome foi Prazer.
A lenda de Cupido e Psique é, geralmente, considerada alegórica. Psique em grego significa tanto borboleta como alma. Não há alegoria mais notável e bela da imortalidade da alma como a borboleta, que, depois de estender as asas do túmulo em que se achava, depois de uma vida mesquinha e rastejante como lagarta, flutua na brisa do dia e torna-se um dos mais belos e delicados aspectos da primavera. Psique é, portanto, a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, e preparada, assim, para gozar a pura e verdadeira felicidade.
Nas obras de arte, Psique é representada como uma donzela com asas de borboleta, juntamente com Cupido, nas diferentes situações descritas pela alegoria.



A mais linda história de amor!
Beijos,
#donadoblog! ;*

sábado, 28 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dotes artísticos em 3, 2, 1...

No aniversário do meu irmão mais velho, nós compramos algumas bexigas brancas e pretas para decorar. E na empolgação, começamos a escrever mensagens e a desenhar carinhas idiotas... Bom, foi aí que eu tive a ideia de desenhar memes também! Eu nunca tinha desenhado um meme, nunca tinha desenhado numa bexiga e fiz cada uma delas em um minuto... Então, apesar de algumas estarem bastante zoadas, kkk, creio que mereço um desconto!!!! kkkkkkkkk

   

Mas mesmo assim achei uma ideia adorável! Adoraria ter bexigas memes para decorar minhas festas! HAHA
Beijos,
#donadoblog

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Louvado seja o Senhor!

Menininhas, meninuxas, meninotas, vovozonas, titias, sargentos e etc...
E boys! hihi

Li num outro blog que, muita gente não sabe, mas desde 2003 os padres do Vaticano são figuras carimbadas nas folhinhas anuais!
Apesar de toda badalação feminina, os editores, responsáveis pelo trabalho, afirmam que o intuito do calendário é levar mais informações aos turistas que visitam Roma.
Cada folhinha é vendida pela internet, telefone e em algumas bancas de jornais e traz, no verso de cada foto, algumas notícias sobre o Vaticano e dados sobre o passado e o presente.
Lógico que vender folhinha de padre bonito rende mais que de santo velho...
Estilosos, não? Agora a peregrinação a Roma aumenta...

Tenho que confessar que o cabeludinho até me lembrou o Diogo Picchi... O Padre Bento da novela Amor e Revolução que passava no SBT! Haha

Desfrutem!

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Padres tão bonitos... QUE PECADO!!!! hahahaha!
Beijos,
#donadoblog ;*

Vocabulário Feminino

Hoje li um texto muito bom, de uma jornalista chamada Leila Ferreira...
Gosto de ler textos assim, que nos fazem refletir sobre nós mesmas, mulheres!

Ser livre é se aceitar do jeito que vc é! Viver bem com suas imperfeições! o/
Afinal... Ninguém é perfeito!

Vocabulário feminino

Se eu tivesse que escolher uma palavra – apenas uma – para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar. Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos – e merecemos – ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes – isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.


E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia – não importa – e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada – faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.


Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.


E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Leila Ferreira



domingo, 1 de abril de 2012

Nada é por acaso.

Bom, já que esse Blog é MEU, e só o que posto são coisas do MEU interesse... (Viu, Apollo? Sou clara e objetiva na maior parte do tempo! Não o tempo todo... "Na maior parte"! kkk)

Nada é por acaso, gente. Tudo o que passa por nós, tudo que está ao nosso redor é capaz de transformar vidas, de trazer alegria ou dor, de nos fazer sorrir ou chorar. Qualquer detalhe, principalmente os que menos imaginamos, pode mudar a nossa vida lentamente... Ou drasticamente.

Um exemplo... Há uns anos atrás, comecei a assistir um seriado que eu odiava, só pq meu irmão mais novo não saia da frente da TV quando eu chegava da escola, cansada, e com fome. HAHA Eu gostava de uma personagem de lá e comecei a fazer parte de uma comunidade do Orkut, sobre essa atriz. Lá encontrei um garoto inteligente e com uma visão tão particular das coisas... Que não tinha como não achá-lo, no mínimo, interessante! A cada dia, a cada comentário que eu fazia, ele me dava uma profissão diferente. Ele dizia que eu podia ser tudo aquilo e que, na visão dele, eu tinha muitos talentos... Garotinho mentiroso! E ele continua mentindo para mim, gente! kkkkkkkkkkk Briinks! :P
Nossa amizade resistiu a longos períodos sem internet, resistiu aos estudos, ao trabalho... Resistiu à tudo, e até mesmo ao fato de ainda não nos conhecermos pessoalmente. E dura até hoje. E ele é mais importante para mim, do que muitas pessoas que vejo e converso todos os dias.
Tivemos muitas fases, e cada uma delas foi muito importante na nossa vida.
Obrigada por me ajudar o tempo todo, Apollo, mesmo quando não nos falamos. Quero que saiba que suas palavras sempre me fortaleceram, me fizeram pensar melhor, e fizeram ver além de muitas coisas...
Te amo. MEU MELHOR AMIGO! E ainda vou fazer um post só para vc!

Assim como uma comunidade no Orkut mudou os meus dias... Um livro também fez questão de trazer uma nova fase em minha vida. Mas não era um livro comum... Era um daqueles que só quem conhece, sabe a força que tem.
Cheguei no trabalho e lá estava ele! Em cima da mesa da CHEFE! Eu não disse nada... Fui comentar sobre ele uns dias depois. E desde esse dia, eu soube que a minha chefe era uma pessoa especial! Não por ter o livro, nem por algo que eu saiba como explicar... Bom, talvez ela saiba! Provavelmente sabe. Ela SEMPRE sabe o que dizer dela mesma... HAHAHAHA E talvez ela diga que vai ter troco, depois de ler isso!!!!

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec

Nós mudamos de sala e tudo... E uma coisa que estava sempre presente, era um postal do Johnny Walker! Aliás, é sempre bom lembrar do que está escrito nele...

Não, eu não estava falando da frase, estava falando do "CONSUMO RESPONSÁVEL"! Mas a frase tb é legal... HAHAHAHA Essa foi boa, né? Tá, parei! Sem graça...

Acho que tenho muitas histórias daquele lugar! Muitas risadas... Sobre erros de gramática de uns, pão de mel e bombom de OUTRO, pessoas sem noção, muitas pessoas sem noção... Sem noção MESMO, sobre várias coisas!!!! Aliás, outra história engraçada... Só os fortes entenderão:

Não vou explicar isso! UAHSUAHSUAHSUHAS

Ah! Não posso deixar de comentar o quanto o chefe da minha chefe foi legal, pq foi ele quem me escolheu para trabalhar com ela... Na verdade, tudo já estava certo, bem antes... Por Alguém que realmente sabe das coisas. "É, o destino é muito brincalhão, né best friend?" [/Janete entende!

Um dia fui no Shopping e não resisti quando vi essa caneca! Eu adoro canecas! E essa tinha tudo a ver com aquela pessoa que me acolheu com tanto carinho e respeito e que confiou em mim tantas vezes!

Tão paciente... Apesar das minhas falhas BÁSICAS do dia-a-dia!!!! kkk LÓGICO que ela é uma SUPER CHEFA! Preciso dizer mais? Noups!

Na verdade, eu preciso dizer só mais uma coisinha sim...


"Algumas vezes na vida, você encontra uma amiga especial. Alguém que muda sua vida simplesmente por estar nela. Alguém que te faz rir até você não poder mais parar. Alguém que faz você acreditar que realmente tem algo bom no mundo. Alguém que te convence que lá tem uma porta destrancada só esperando você abri-la. Isso é uma amizade pra sempre. Quando você está pra baixo e o mundo parece escuro e vazio, sua amiga pra sempre te põe pra cima e faz com que o mundo escuro e vazio fique bem claro. Sua amiga pra sempre te ajuda nas horas difíceis, tristes e confusas. Se você se virar e começar a caminhar, sua amiga pra sempre te segue. Se você perder seu caminho, ela te guia e te põe no caminho certo. Sua amiga pra sempre segura sua mão e diz que vai ficar tudo bem. Sua amiga é pra sempre, e pra sempre não tem fim."


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O sorvete que eu fui tomar ontem... Queria dizer:

Mas falar com vc foi muito melhor!

TE AMO! Como explicar?!
Beijos,
#donadoblog!